Facing Difficulties? Writes us at magazine.newsletter@assitej-international.org

Hanna: collaborative process between scenic creation, theater and dance classes in early childhood education

Verônica Chielle Becker

“Hanna, a canine story” is a scenic storytelling performance depicting the real-life story of Hanna, the dog. It is based on the original script by Prof. Taís Ferreira, Ph.D (Faculty of Education/UFRGS/Brazil), coordinator of the Hanna Extension Program (UFRGS) and performed by Verônica Becker, Laura Mallmann, both theater graduates, and Laura Bernardes, a dance graduate, members of the Hanna Extension Program. Over the past four years, this program has developed theater and dance workshops for children in early childhood education, providing continuing education in performing arts for educators, and scenic artifacts for children.

Through these workshops, we have observed how children actively participate as creators and spectators in dramatic creation activities and processes. Therefore, our goal has become to recognize them as essential sources for developing scenic proposals intended for them – highlighting their involvement, narratives, and the performative expressiveness observed in the formal education contexts in which we operate.

Hanna: collaborative process between scenic creation and theater and dance classes in early childhood education
Scene from “Hanna, a canine story” in which the performer on the right recreates a canine physicality, developed by a student during theater workshops at school (October
2023). Photo by Renê de Palma

Hanna: collaborative process between scenic creation and theater and dance classes in early childhood education

While rehearsing the creation of a documentary and fictional performance about Hanna, the performers would also bring elements from the rehearsals into the classroom, through theater workshops, with groups of 4 and 5-year-old children. From this experience, we formulated some questions that guided the pedagogical context and dramaturgical creation for children, and the relationship that exists between aesthetic, performative experiences and learning in the performing arts: how to associate practices in performing arts with children, aiming to guide them towards a relationship of creation and understanding of the dramaturgies of their everyday lives, fostering comprehension, transformation, and expansion of their surroundings and themselves? How can we develop practices, such as workshops, that achieve this objective?”

Hanna: collaborative process between scenic creation and theater and dance classes in early childhood education

These questions led us beyond the development of a performance: we began to seek the recognition and advocacy of childhood as a period of uniquely dramatic and performative relationship, where art and daily life are fully intertwined. This can be observed by the way children recognize and express themselves scenically, and how they construct aesthetic meanings through the elements they engage with. As theater and dance teachers, we identified the potential of our workshops as a way to research and develop these principles through a pedagogical perspective.

At school, we developed practices that relate to the rehearsals: they range from warm-up exercises to dramatic and theatrical games, based on elements presented in scenes of the performance, through various aesthetic matrices and languages (such as dance-theater, shadow play, etc.). Our primary research sources for constructing the performance were the children’s experiences in school, along with the references they bring with them – such as elements and narratives from their lives and subjectivities, preferences, desires, and their way of engaging and participating in proposed classroom activities. A process of feedback was established between the rehearsals and the interactions with the children.

Hanna: collaborative process between scenic creation and theater and dance classes in early childhood education
Scene from the shadow play moment from “Hanna, a canine story” (October 2023). Photo by Renê de Palma

Hanna: collaborative process between scenic creation and theater and dance classes in early childhood education

When analyzing our experience with children, we can consider them as active spectators, enthusiastic interlocutors and effective creators, who bridge their everyday language with the world. They serve as sources of inspiration for our creative processes at various levels, both directly and indirectly. Through dialogue with them, we establish paths for pedagogical processes in theater and dance, which we have proposed throughout our encounters, as well as for our creative processes in theater for children.

Hanna: collaborative process between scenic creation and theater and dance classes in early childhood education
Public school children-spectators during the presentation of “Hanna, a canine story” (October 2023). Photo by Renê de Palma

Hanna: collaborative process between scenic creation and theater and dance classes in early childhood education

Author’s mini bio: Verônica Becker is an actress and theater graduate. She’s a member of the Hanna Extension Program (UFRGS), having developed theater workshops and performances for children.


Hanna: processo colaborativo entre criação cênica e aulas de teatro e dança na educação infantil

“Hanna, uma história canina” é uma contação de histórias cênica sobre a vida real da cachorra Hanna. É baseada no roteiro original da Profa. Dra Taís Ferreira (Faculdade de Educação/UFRGS/Brasil), coordenadora do Programa de Extensão Hanna (UFRGS) e performada por Verônica Becker, Laura Viana Mallmann, licenciadas em Teatro, e Laura Bernardes, licenciada em Dança, membros do Programa de Extensão Hanna, que nos últimos quatro anos desenvolveu oficinas de teatro e dança para crianças na educação infantil, formação continuada em artes da cena com educadoras e artefatos cênicos para crianças.

A partir das oficinas, pudemos observar como as crianças são participantes ativas como criadoras e espectadoras de atividades e processos de criação dramatúrgicos. Nosso objetivo, portanto, tornou-se reconhecê-las como fontes de referências para o desenvolvimento de propostas cênicas destinadas a elas – evidenciar sua participação, narrativas e também a expressividade performática que se apresenta nos contextos de educação formal no qual atuamos.

As performers, ao mesmo tempo em que ensaiavam a criação de um espetáculo de cunho documental e ficcional sobre a vida da cadela Hanna, levavam os elementos dos ensaios para a sala de aula com turmas de crianças de 04 e 05 anos, através das oficinas de teatro. Elencamos alguma perguntas que nortearam o contexto pedagógico em questão, a criação dramatúrgica para crianças e a relação entre as experiências estéticas, performativas e de aprendizagem das artes cênicas: como associar práticas em artes da cena com crianças, de forma a conduzi-las para uma relação de criação e entendimento de dramaturgias de seus cotidianos, de compreensão, transformação e expansão de seu entorno e de si mesmas? Como desenvolver práticas, como as oficinas, que atinjam esse objetivo?

Essas perguntas nos direcionaram para além do desenvolvimento de uma performance: passamos a buscar o reconhecimento e a defesa da infância como um período da vida de relação dramática e performática única, quando arte e cotidiano estão plenamente associados. Isso pode ser observado pela forma que as crianças reconhecem a si próprias, se expressam cenicamente e constroem significados estéticos a partir dos elementos com os quais se relacionam. Como professoras de teatro, identificamos o potencial das nossas oficinas como uma maneira de pesquisar e desenvolver esses princípios por um viés pedagógico.

Na escola, desenvolvemos práticas que se relacionam com os ensaios, desde os exercícios de aquecimento até jogos dramáticos e teatrais baseados em elementos que são apresentados em cenas da performance, através de matrizes e linguagens estéticas diversas (dança-teatro, teatro de sombras, etc). As experiências das crianças na escola e também as referências que trazem consigo, como elementos e narrativas de suas vidas e subjetividades, preferências, desejos e a maneira com a qual se relacionam e participam das atividades propostas em aula, foram as principais fontes de pesquisa para a construção da performance. Estabelece-se um processo de retroalimentação entre os ensaios e os encontros com as crianças.
Através da nossa experiência com as crianças, podemos considerá-las como espectadoras ativas, interlocutoras empolgadas e criadoras efetivas entre a sua linguagem cotidiana e o mundo. São fontes de inspiração para nossos processos criativos em diferentes níveis, diretos e indiretos. A partir do diálogo com elas, estabelecemos os caminhos para os processos pedagógicos em teatro e dança que propusemos ao longo dos encontros e também para os nossos processos criativos de cena para crianças.

Mini bio da autora: Verônica Becker é atriz e licenciada em teatro. É membro do Programa de Extensão Hanna (UFRGS), tendo desenvolvido oficinas de teatro e performances para crianças.